sábado, 21 de dezembro de 2019

Solstício Dezembrino





A mais nobre alegria dos homens que pensam é haverem explorado o concebível e reverenciarem em paz o incognoscível.




Houve muita gente que se ocupou da crítica da razão pura. Por mim, gostaria que dispuséssemos de uma crítica da razão humana. Seria por certo um benefício para a nossa espécie poder-se demonstrar de modo convincente ao entendimento comum até onde pode ele chegar, limite este que coincide exatamente com aquilo de que esse mesmo entendimento necessita para a plenitude de sua vida terrena.





O homem, em si mesmo, usando apenas a sã razão, é o instrumento mais exato que existe. E a maior desordem causada pela nova física consiste precisamente no fato de que ela separou esse homem das experiências reais, pelo desejo de reconhecer a Natureza apenas naquilo que é mostrado por instrumentos artificiais. Mas os microscópios e telescópios só servem para aturdir a sã razão, e a Natureza se cala sob tortura.





Um dia alguém estabelecerá uma patologia para a física experimental e trará à luz toda a fraude cientificista que subverte nossa razão, seduz nosso julgamento e — o que é pior — atravanca o caminho de todo o progresso prático. Os fenômenos da natureza precisam ser libertados de uma vez por todas da sombria câmara de tortura do empiricismo, mecanicismo e dogmatismo; eles precisam ser trazidos diante do júri do senso comum.





A Natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.





Estudando novamente Homero, eu penso no dano indescritível que toda essa devassidão judaica infligiu à nossa civilização. Se jamais tivéssemos ouvido falar dessas fantasias semíticas, se Homero tivesse se mantido como nossa Bíblia, que rumos completamente diferentes nossa humanidade teria tomado.





Idéias ousadas são como peças de xadrez movidas para frente. Elas talvez possam ser vencidas, mas talvez possam iniciar um jogo vencedor.




  
Eu acredito em Deus, e na Natureza, e no triunfo do bem sobre o mal.



  
Não há adoração a Deus mais cheia de amor do que aquela que não requer nenhuma imagem, mas que surge espontaneamente dentro de nós quando a Natureza fala com a alma, e a alma fala com a Natureza face a face.





Um dia talvez nossa luz interior irá brilhar bem diante de nós, e então não precisaremos de nenhuma outra luz.





O pensamento da morte me deixa em perfeita paz, pois tenho a firme convicção de que nosso espírito é de uma natureza indestrutível; ele se mantém pela eternidade. É como o Sol, que parece se pôr diante de nossos olhos mortais, e no entanto não se põe realmente, mas continua perpetuamente brilhando.





Se o olho não fosse ensolarado, como poderíamos ver a luz? Se a força de Deus não estivesse dentro de nós, como o divino poderia nos encantar?





A sombra é mais forte onde a luz é maior.



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